segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O Mal-Estar da Pós-Modernidade e o 2º Episódio da 3ª Temporada de House: Treinamento

Infelizmente acabei por me ausentar da presente aula do Professor Renato, mas a tarefa acadêmica é bastante acessível e interessante. Acessível porque encontrar o episódio na internet... Quer dizer, conseguir o acesso ao episódio não foi difícil, assim como o texto que foi disponibilizado.

Naturalmente que com a minha própria visão, percebi que ambos, texto e filme, tratam basicamente da questão da morte. Vemos aqui que, de um modo geral e, podemos dizer também - fora exceções (e bem poucas), o ser humano não pensa em seu próprio fim. Ninguém pensa na sua morte. No episódio vemos que a paciente acreditava plenamente que teria tempo para realizar suas coisas. Era jovem e, pessoalmente, percebi que ela não tinha uma boa vivência. Ela esqueceu de sua mortalidade.

Ora, todo mundo quer acreditar que teremos um amanhã, que sempre teremos a oportunidade de continuar, uma nova chance. A criatura que não entende a morte - como uma criança - é imortal segundo a visão de Bauman. O que a torna imortal é o desconhecimento de um fim. E esse exemplo da criança particularmente mexe comigo, pois é algo que tento explicar muito para minha filha de três anos, que recentemente perdeu a bisavó, um tio e algumas pessoas próximas - e como é difícil.

E você, já pensou em sua própria mortalidade?

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

TORNAR-SE HUMANO: EVOLUIR PARA CRIAR

Mais um exercício da disciplina de Antropologia Cultural da Faculdade Dom Bosco de Porto Alegre. Foram escolhidas quatro questões das quinze inicialmente propostas em conjunto com acadêmicos Adriana Lopes da Rosa.

A CONDIÇÃO HUMANA de Edgar Morin

2 - Como o sistema educacional deveria reorganizar uma disciplina com visão abrangente do ser humano, como parte do universo?

O sistema educacional deveria reorganizar uma disciplina como por exemplo a ciência antropossocial religada, concebendo a humanidade de uma forma geral dentro de sua unidade antropológica e também a partir de suas diversidades individuais e culturais. Destarte, a espera dessa religação, que é desejada pelas ciências – ou seja, pelo conhecimento –, mas ainda fora de seu alcance. É mister que o ensino de cada um dos elementos fosse orientado de maneira vocacionada para a condição humana.

3 – Segundo Edgar Morin, há uma ausência de uma ciência do homem, que coordene e ligue as ciências do homem. Na sua opinião, quais as ciências atualmente existentes que são capazes de analisar o homem de forma mais completa?
A interdisciplinaridade entre as ciências atualmente tendem a buscar em cada uma das ciências o seu melhor: da Psicologia tendo como diretriz o destino individual e subjetivo do ser humano; da Sociologia orientando o nosso destino social; da Economia orientando para nosso destino econômico; da História para o conhecimento da condição humana; da Filosofia nos direcionando para a reflexão.


6 – O que o autor quer dizer com a ideia que “sem animalidade não há humanidade”?
O autor quis dizer com a ideia que “sem animalidade não há humanidade” é que o ser humano é ao mesmo tempo, totalmente biológico e totalmente cultural, sendo que a humanidade não se reduz absolutamente a animalidade, mas, sem animalidade, não há humanidade. Somos seres simultaneamente, cósmicos, físicos, biológicos, culturais, cerebrais, espirituais.

14O conceito de homem tem dupla entrada. Quais são?
Segundo o texto, o conceito de homem como dupla entrada se baseia na dimensão biofísica e também na psicossocial. A biofísica é algo que já é da natureza humana, algo inato. Já o conceito psicossocial trata principalmente do que o homem vem adquiri com a participação na sociedade em que vive, sendo indivíduo e membro de sua sociedade. É a parte que adquirimos com a experiência cultural.

OPINIÃO EM RELAÇÃO AO TEXTO
Adriana: 
Daniel: CONCORDO

Exercício de Antropologia Cultural
Faculdade Dom Bosco de Porto Alegre
Professor Renato Ferreira Machado

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

OS TERAPEUTAS DE ALEXANDRIA

De forma breve, pretendo sintetizar as quatro visões do ser humano, conforme a antropologia dos Terapeutas de Alexandria e de Graf Durckheim, de Jean-Yves Leloup. Trata-se de mais um exercício da disciplina de Antropologia Cultural da Faculdade Dom Bosco de Porto Alegre.

Pergunta: Síntese de cada visão.
Resposta: A primeira visão seria a visão unidimensional do homem. É o homem como matéria, como corpo apenas. Nesta verdadeira divisão homem-máquina, o pensamento é apenas uma complexidade da matéria, não existindo espírito fora dela – apenas a matéria.
A segunda visão é a visão bidimensional, onde o ser humano não é apenas matéria, mas também como uma alma, como uma psique. Não se trata de crença, partindo da observação do ser humano. A alma, como informação que anima a matéria, possui vida independente em relação ao corpo.
A terceira visão é a visão tridimensional. Há o soma (matéria), há a psiqué (alma), e há também o nous (espírito). Tal visão tem tendência em desprezar o corpo, os sentimentos, as emoções e o pensamento racional, acabando por uma parte do ser humano.
A quarta e última visão, a visão pneumática, é o reencontro das três primeira, a saber: o soma, a psiqué e o nous, estando as três atravessadas pelo pneuma. O pneuma é o grande sopro da vida, a energia criadora. Essa visão não despreza o corpo mas permite que ele receba melhor o sopro, podendo levar a experiências de transfiguração, a momentos em que a matéria fica transparente à luz. Ainda, a quarta visão também considera também de introduzir o Pneuma em nossa psiqué, para nos sentirmos livres em relação a nossas emoções e memórias, para nos libertar.

P: Qual a visão combina com a minha concepção de ser humano?
R: Sem dúvidas, a visão que mais combina com minha concepção de ser humano é a quarta visão, ou visão pneumática. Ora, é perfeitamente compreensível que o ser humano é ser “ilimitado”, sempre pronto a ultrapassar os seus próprios limites e também não é nada previsível. Sem dúvidas, a visão pneumática é mais apropriada, pois traz verdadeiro equilíbrio entre as potencialidades do homem, dando atenção à soma (matéria), à psiqué (alma), ao nous (espírito) e ao pneuma (energia criadora). Destarte, uma vez que tal visão não traz desprezo por nenhum dos atributos do ser humano, naturalmente ela se apresenta coerente, ainda que nenhuma ciência seja tratada como definitiva, sempre buscando o aperfeiçoamento e sujeita a novos horizontes.

P: Exemplos “concretos” da visão escolhida.
R: Exemplo da visão pneumática seria o mundo, ligado de forma até de certa forma transcendental, como um verdadeiro organismo vivo, onde a matéria, a alma, o espírito e o grande sopro da vida, a energia criadora. Todo organismo vivo depende de outro, e o outro depende dele. As plantas, os animais, os minerais e o ser humano estão interligados.

Exercício de Antropologia Cultural
Faculdade Dom Bosco de Porto Alegre
Professor Renato Ferreira Machado

COMO A DIVERSIDADE CULTURAL ATINGE O MEU TRABALHO?

A diversidade cultural atinge a minha vivência no Direito de forma muito positiva. Mesmo em uma faculdade de cunho cristã e familiar, de fortes bases salesianas, há uma infinidade de seres humanos que vêm a compartilhar suas experiências, virtudes e debilidades. Ora, é evidente que, dentro de uma realidade onde há enorme variedade de ideias e culturas e, principalmente, as pessoas buscam o mútuo compreendimento entre si – em ambiente que pouquíssimos lugares como as faculdades proporcionam. Destarte, convivendo nessa verdadeira “Babilônia” de vivências, (acho que) melhorei como pessoa, me aperfeiçoo continuamente como profissional e sabe lá Deus onde posso chegar como acadêmico.

Proponho a todos, acadêmicos ou não, que busquem experiência semelhantes. Exercitar a tolerância, o compreendimento entre os semelhantes e a busca de novas maneiras de ver o mundo não fazem mal a ninguém.

Exercício de Antropologia Cultural
Faculdade Dom Bosco de Porto Alegre
Professor Renato Ferreira Machado